A patinha feia

Era uma vez…

Num lugar não tão distante, uma linda (não tão linda) patinha nasceu. Recebeu o nome de Sophia, pois como disse mamãe pata, ela deveria ser bem inteligente pois seus olhos curiosos e observadores (seus olhos eram esbugalhados, mas sabe como são as mães…

Na escola, Sophia sempre foi motivo de chacotas das outras patinhas que se achavam bem mais bonitos e interessantes que a patinha desengonçada e sem graça.

A bruxa Babarruga vai te pegar!

As bruxas fazem parte do imaginário coletivo. Quem nunca ouviu falar da bruxa malvada da Branca de Neve ou daquela bruxa horrenda, da casa feita de doces, que capturou João e Maria?

Elas estão aí, por toda parte, podem estar bem perto de você! A maioria mora nos livros, mas de vez em quando saem para dar uma volta. Algumas têm até endereços fixos. Se estiver andando pela Estrada Triste, cuidado! Dizem que lá mora a Bruxa Babarruga, que não gosta de crianças, está sempre de péssimo humor e tem uma verruga bem no nariz.

EU SOU PROFESSOR

Com o belo poema de Schlatter,  deixo aqui a minha homenagem aos meus colegas de profissão.

EU SOU PROFESSOR – John W. Schlatter(Tradução de Tatiana Belinky e adaptação de Guiomar Namo de Mello)
Eu sou um professor.
Nasci no primeiro momento quando uma pergunta saltou da boca de uma criança.

Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.

Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas a descobrir novas idéias usando perguntas.
Sou Anne Sullivan, tamborilando segredos do universo sobre a mão estendida de Hellen Keller.
Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade por meio de muitas, muitas histórias.

A amendoeira triste


“A beira de uma montanha,
ao lado de um caminho
vivia uma amendoeira triste
que passava o dia inteiro reclamando” (A amendoeira triste, 2019)


Assim começa a história da amendoeira que só conseguia enxergar as ervas daninhas, sentindo-se muito solitária e triste diante do cenário em que vivia. Ela preferia viver ao lado de outras amendoeiras a estar ali. Com a tristeza pesando cada vez mais, a bela árvore vai definhando, até que um dia a montanha resolveu chamar sua atenção.

Esse belo conto cheio de metáforas e símbolos nos leva a repensar nossas emoções. Será que nossos problemas são realmente tão grandes quanto achamos? Será que eles são mais importantes do que os outros?

VAZIO

Quem nunca sentiu, ao menos uma vez, uma grande sensação de vazio?

Esse é um daqueles livros infantis pelo qual os adultos se apaixonam logo de cara. Ele trata de questões universais, como o  sentido da vida, a solidão, a busca por significados.

Em alguns momentos da vida nos sentimos esvaziados, que falta algo que nem se sabe o que é, mas sabe que falta. Muitas vezes as pessoas tentam preencher esses vazios da maneira equivocada e acabam encontrando mais problemas que soluções.

Vazio de Anna Llenas nos apresenta Júlia, uma menina feliz e tranquila, mas que um dia, de repente, ficou com grande vazio…

Além de um projeto gráfico primoroso, as ilustrações a partir de desenhos e colagens nos levam a acompanhar as emoções e sentimentos de Júlia, em sua jornada para preencher o vazio.

A capa é uma graça, o buraco vazado no corpinho da menina já nos dá a ideia desse vazio.  Meu sobrinho, de 4 anos quando viu o livro exclamou “Tem um buraco na menina, acho que ela tá com fome”.

Vazio  
Anna Lennas 
Tradução: Silvana Tavano 
Ed. Salamandra

Biblioteca humana: onde se leem pessoas

Quando se fala em biblioteca, provavelmente você pensa em um espaço repleto de livros, com muitas histórias emocionantes, personagens incríveis, lugares longínquos e muito mais.

E uma biblioteca onde em vez de livro, leem-se pessoas? Você consegue imaginar?

Esse é o conceito da Biblioteca Humana, “livro” e “leitor” literalmente conversando.

Um espaço onde pessoas com algo para contar, são como livros, à disposição de quem quiser lê-las, ou seja, conversar com elas. Geralmente são pessoas com histórias de superação, vencendo barreiras do preconceito, dos estereótipos impostos pela sociedade.  Ambos saem modificados com o aprendizado: os protagonistas têm a oportunidade de se expressarem e os “leitores” podem fazer perguntas, conhecem outra realidade, aprendem a enxergar além, entender a diversidade, desafiar suas ideias pré-concebidas, sem julgar. Apenas uma coisa é necessária: pessoas dispostas a contar suas histórias e pessoas que querem ouvi-las. É um novo significado para aquela conhecida frase: “Sou um livro aberto”.