O SISTEMA AXIOLÓGICO EM LOBATO

O SISTEMA AXIOLÓGICO EM LOBATO

Fátima Pereira

Quando surgiu “A menina do narizinho arrebitado”, a história da literatura infantil no Brasil tomou um novo rumo. Através dos moradores de “O Sítio do Picapau Amarelo”, Lobato brinca, ensina, critica e questiona a verdade. Se o  sitio de Dona Benta representa o Brasil, suas personagens representam os segmentos sociais, cada um  com suas características peculiares. Misturando imaginação com ironia e sabedoria, nada escapou a Lobato, nem temas tão polêmicos quanto à necessidade da modernização do país, à guerra ou o petróleo. Conhecer o autor será importante para entender o sistema axiológico (do Grego axios, que vale + lógos, tratado), ou seja, os valores morais e espirituais através das suas personagens.1


1. O Projeto criador de Monteiro Lobato

 “Um país se faz com homens e livros”
Monteiro Lobato

Filho de fazendeiro e neto de visconde, José Bento Marcondes Lobato nasceu a 18 de abril de 1882. Foi além de inventor e maior escritor da literatura infanto-juvenil brasileira, uma personalidade muito interessante da história recente do país e também muita polêmica. Antes de Lobato todos os livros eram impressos em Portugal; com ele inicia-se o movimento editorial brasileiro sendo reconhecido como um dos criadores da indústria editorial no Brasil, fundando a primeira editora brasileira, a “Monteiro Lobato e Cia”, em 1918.

Conexão entre texto e ilustração no livro infantojuvenil

por Fátima Pereira

Com a invenção da imprensa, pelo alemão Johannes Gutenberg, em meados do século XV, aconteceu uma verdadeira revolução midiática, criando um novo suporte, o livro podendo ser produzido para as massas, antes, os manuscritos eram para poucos. Com a possibilidade de atingir mais leitores, os escritores contratavam artistas para ilustrarem suas obras, tornando-as mais atrativas.

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata

Inspirado no livro de Annie Barrows e Mary Ann Shaffe (publicado em 2009 pela Rocco  no Brasil), o filme recebeu o mesmo título e é uma ótima dica para quem gosta de um  filme romântico, sem ser piegas. Bem produzido, o filme é um drama histórico do pós-guerra porém sem cenas entediantes ou tristes, como estamos acostumados a ver quando se trata da Segunda Guerra Mundial.

A linguagem dos marginalizados nos contos de João Antonio e Luandino Vieira

A linguagem dos marginalizados nos contos de João Antonio e Luandino Vieira
                                                             Fátima Pereira
Brasil e Angola têm em comum, além da língua, afinidades etnoraciais, sociais, culturais e conexões históricas. No início do século XX, o Brasil, nação livre e independente, se despontava como uma importante força econômica e política, com uma sociedade racial e socialmente híbrida, despertando o interesse das colônias portuguesas na África.  Para aqueles que desejavam uma ruptura com a metrópole, o Brasil era fonte de inspiração, e nesse aspecto a literatura é de fundamental importância. Escritores brasileiros, principalmente os regionalistas, eram lidos e admirados pelos jovens intelectuais angolanos. A questão da identidade, levantada  pelos modernistas brasileiros, é  uma questão importante para a vanguarda de escritores angolanos, sendo assim,  diálogo no campo literário também foi estendido ao campo político.Muitos escritores angolanos falam da influencia de escritores brasileiros: Luandino declara a relevância da obra de João Guimarães Rosa na sua trajetória de escritor (CHAVES: 1999).

A viagem apocalíptica e utópica pela linguagem em Jangada de Pedra,

A viagem apocalíptica e utópica pela linguagem em Jangada de pedra
                                                                                                                         Fátima Pereira

Apresentação

Saramago é sem dúvida, o escritor que melhor representa o pós-modernismo na literatura portuguesa. Sua importância não está apenas pelo conjunto de sua obra, mas na sua preocupação com a história e a identidade portuguesa; na busca na adoção de novos modos de narrar o ponto de vista do outro, o esquecido pela história; no diálogo com o leitor e na busca do rejuvenescimento do gênero romance.