Descobertas em tempos de isolamento social

“Em todo começo reside um encanto
que nos protege e ajuda a viver.”

Herman Hesse

Realmente não é fácil ficar em casa o tempo todo, deixar de lado os amigos, os familiares, trabalhar remotamente, ou ficar sem trabalho. Reuniões sociais nem pensar, muito menos ir ao cinema, teatro, barzinho… Escolas fechadas, crianças precisando estudar on-line. Profissionais precisando se reinventar, quem torcia o nariz para atividades on-line, precisou aprender a usar aplicativos para participar de   reuniões virtuais. Donos de pequenas empresas, trocaram o atendimento presencial pelo delivery ou drive-thru. Atualmente até a compra do supermercado é na ponta dos dedos.

É possível falar em leitura para bebês?

O gosto por histórias, livros e leitura deve começar bem cedo, e isso não tem a ver com alfabetizar, mas sim inserir a criança no mundo dos livros, muito antes da idade escolar. Atualmente há um grande movimento destacando a importância da leitura já na primeira infância, inclusive para bebês. Muitas creches têm até “bebetecas”, um espaço para os bebês onde são planejadas ações de leitura. 

Mas por que ler para os pequenos que ainda nem aprenderam a falar?

Essa prática traz benefícios para a criança? A resposta é SIM!

VAZIO

Quem nunca sentiu, ao menos uma vez, uma grande sensação de vazio?

Esse é um daqueles livros infantis pelo qual os adultos se apaixonam logo de cara. Ele trata de questões universais, como o  sentido da vida, a solidão, a busca por significados.

Em alguns momentos da vida nos sentimos esvaziados, que falta algo que nem se sabe o que é, mas sabe que falta. Muitas vezes as pessoas tentam preencher esses vazios da maneira equivocada e acabam encontrando mais problemas que soluções.

Vazio de Anna Llenas nos apresenta Júlia, uma menina feliz e tranquila, mas que um dia, de repente, ficou com grande vazio…

Além de um projeto gráfico primoroso, as ilustrações a partir de desenhos e colagens nos levam a acompanhar as emoções e sentimentos de Júlia, em sua jornada para preencher o vazio.

A capa é uma graça, o buraco vazado no corpinho da menina já nos dá a ideia desse vazio.  Meu sobrinho, de 4 anos quando viu o livro exclamou “Tem um buraco na menina, acho que ela tá com fome”.

Vazio  
Anna Lennas 
Tradução: Silvana Tavano 
Ed. Salamandra

ALMAS GÊMEAS – existem mesmo?

“Uma alma gêmea é alguém cujas fechaduras coincidem com nossas chaves e cujas chaves coincidem com nossas fechaduras. Quando nos sentimos seguros a ponto de abrir as fechaduras, surge o nosso eu mais verdadeiro e podemos ser completa e honradamente quem somos. Cada um descobre a melhor parte do outro.”  (Richard Bach)

Ouço muitas pessoas dizendo que ainda esperam encontrar sua alma gêmea. Será que realmente existe ou é uma desculpa para seguir a vida procurando em vão por aquela pessoa especial?

Biblioteca humana: onde se leem pessoas

Quando se fala em biblioteca, provavelmente você pensa em um espaço repleto de livros, com muitas histórias emocionantes, personagens incríveis, lugares longínquos e muito mais.

E uma biblioteca onde em vez de livro, leem-se pessoas? Você consegue imaginar?

Esse é o conceito da Biblioteca Humana, “livro” e “leitor” literalmente conversando.

Um espaço onde pessoas com algo para contar, são como livros, à disposição de quem quiser lê-las, ou seja, conversar com elas. Geralmente são pessoas com histórias de superação, vencendo barreiras do preconceito, dos estereótipos impostos pela sociedade.  Ambos saem modificados com o aprendizado: os protagonistas têm a oportunidade de se expressarem e os “leitores” podem fazer perguntas, conhecem outra realidade, aprendem a enxergar além, entender a diversidade, desafiar suas ideias pré-concebidas, sem julgar. Apenas uma coisa é necessária: pessoas dispostas a contar suas histórias e pessoas que querem ouvi-las. É um novo significado para aquela conhecida frase: “Sou um livro aberto”.

Biblioterapia. Por que ainda não desisti dessa história

Erica Oliveira

Fazia tempo que eu estava interessada no curso de biblioterapia da Cristiana Seixas. Eu achava um barato a ideia de estudar o potencial terapêutico da literatura e ainda entender como alguém tinha construído em cima disso um ofício. Depois de um fim de semana de aulas em Niterói, voltei para o Rio trazendo comigo os fundamentos e o desejo de tocar um projeto de leituras terapêuticas com refugiados.

Minha ideia era que, por meio de cartas (a escrita é uma baita ferramenta de cura), os refugiados me relatassem suas dores e conflitos. A partir daí, eu indicaria um livro, capaz de transformar ou aliviar, em alguma medida, aquela aflição. A troca de cartas continuaria depois, de forma que houvesse um acompanhamento, ainda que breve, dos desdobramentos. As vantagens? Algumas. Além de aprimorar o português, o que seria ótimo para uma possível inserção em nosso mercado de trabalho, eles ainda teriam a oportunidade de mergulhar em nossa cultura e conhecer um pouco da literatura brasileira. Parece redondinho, né? Mas a história não foi pra frente.