Literatura – Respiro para a alma

      Na primeira matéria da série Literatura como alimento e cuidado, a convidada é Patricia Melandres, bibliotecária e pós-graduanda em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Cândido Mendes. Apaixonada por Literatura, criou o canal Respiro Literário para compartilhar suas experiências, seu amor pelos livros, contar histórias, entrevistar   profissionais do universo literário e educadores, entre outros, tendo sempre a literatura como foco principal.

      Patricia conta que sua paixão começou na infância, sua mãe costumava comprar muitos livros infantis, e sua irmã foi sua grande  referência por ser uma leitora voraz, passava as tardes lendo no quarto. Foi a irmã que a levou pela primeira vez à biblioteca municipal. “Foi um momento muito mágico porque eu entrei naquele ambiente enorme, cheia de livros e tinha um espaço especial para a Literatura Infantil, os livros eram coloridos, lembro-me muito bem, as prateleiras  eram mais baixas, então a gente podia ter acesso aos livros, a partir disso despertou esse desejo de começar a ler mais”, relembra.

Biblioterapia. Por que ainda não desisti dessa história

Erica Oliveira

Fazia tempo que eu estava interessada no curso de biblioterapia da Cristiana Seixas. Eu achava um barato a ideia de estudar o potencial terapêutico da literatura e ainda entender como alguém tinha construído em cima disso um ofício. Depois de um fim de semana de aulas em Niterói, voltei para o Rio trazendo comigo os fundamentos e o desejo de tocar um projeto de leituras terapêuticas com refugiados.

Minha ideia era que, por meio de cartas (a escrita é uma baita ferramenta de cura), os refugiados me relatassem suas dores e conflitos. A partir daí, eu indicaria um livro, capaz de transformar ou aliviar, em alguma medida, aquela aflição. A troca de cartas continuaria depois, de forma que houvesse um acompanhamento, ainda que breve, dos desdobramentos. As vantagens? Algumas. Além de aprimorar o português, o que seria ótimo para uma possível inserção em nosso mercado de trabalho, eles ainda teriam a oportunidade de mergulhar em nossa cultura e conhecer um pouco da literatura brasileira. Parece redondinho, né? Mas a história não foi pra frente.