Viajando na leitura com Andréia Celegato

Já imaginou ir a uma horta para comprar verduras e se deparar com uma biblioteca, ou melhor, uma hortoteca? Esse lugar existe e está no livro Viajando na leitura com Godô.  Conversei com  a autora para conhecer um pouco mais sobre essa história  e  as personagens (reais) que fazem parte dessa grande aventura. Além de ser muito talentosa, ela é uma simpatia,  contou sobre seu trabalho, deu dicas para quem quer contar histórias, compartilhou suas fotos e muito mais. Vamos  embarcar na magia da leitura com a Andréia Celegato?

Andréia Celegato

Mineira de Andradas, Andréia vive atualmente em Americana, SP. É escritora, pedagoga, contadora de histórias, educadora musical, artesã e   mãe de três adolescentes. Histórias e educação sempre estiveram em sua vida, após a pedagogia, fez pós-graduação em Psicopedagogia, Educação Especial, Libras, Educação Musical e Contação de Histórias e Literatura.

Quando era pequena, ela  gostava muito de ouvir histórias contadas pelos  professores ou por seus pais. Então, desde que começou a a lecionar, as histórias sempre estiveram presentes em sua sala de aula.

Marisa e suas Histórias Viajantes

Marisa Maia Mello levou sua paixão pelos livros e boas histórias para  além dos muros da escola. Professora, mediadora de leitura, escritora e contadora de histórias, ela transformou sua própria garagem em uma biblioteca para atender as crianças do bairro.  Tudo começou muito antes,  com  um projeto desenvolvido a pedido da prefeitura de sua cidade, a pequena Bom Jardim, no Rio de Janeiro, ao ser convidada para fazer parte de um projeto de incentivo à leitura, levando livros e contação de histórias para as escolas longínquas, em uma Kombi.

Tupiapá, a menina contadora de histórias Foto: Arquivo pessoal

A ideia era fazer algo impactante, então criou uma personagem, uma garotinha de cinco anos, contadora de histórias, Tipiapá  (“tia” na língua do Pê). Isso aconteceu no momento em que passava por uma depressão e foi incentivada pelo terapeuta a procurar uma  atividade que gostasse para se envolver. Segundo Marisa,  foi uma benção surgir esse projeto nessa fase, pois além de tornar-se uma contadora de histórias profissional, ajudou-a  em seu processo de cura.  As coisas acontecem no momento certo, completa.

A patinha feia

Era uma vez…

Num lugar não tão distante, uma linda (não tão linda) patinha nasceu. Recebeu o nome de Sophia, pois como disse mamãe pata, ela deveria ser bem inteligente pois seus olhos curiosos e observadores (seus olhos eram esbugalhados, mas sabe como são as mães…

Na escola, Sophia sempre foi motivo de chacotas das outras patinhas que se achavam bem mais bonitos e interessantes que a patinha desengonçada e sem graça.

A bruxa Babarruga vai te pegar!

As bruxas fazem parte do imaginário coletivo. Quem nunca ouviu falar da bruxa malvada da Branca de Neve ou daquela bruxa horrenda, da casa feita de doces, que capturou João e Maria?

Elas estão aí, por toda parte, podem estar bem perto de você! A maioria mora nos livros, mas de vez em quando saem para dar uma volta. Algumas têm até endereços fixos. Se estiver andando pela Estrada Triste, cuidado! Dizem que lá mora a Bruxa Babarruga, que não gosta de crianças, está sempre de péssimo humor e tem uma verruga bem no nariz.

Breve história de um pequeno amor

“Meu coração dizia que não fazia sentido ele ir embora, quando tinha comigo segurança e comida, carinho e liberdade.” (p. 41)

Breve história de um pequeno amor é uma daquelas narrativas que vai fisgando o leitor a cada frase. Confesso que no início não percebi onde ela queria chegar, mas depois no desenrolar da história, fiquei apaixonada.

No começo é uma raivinha à toa…


No começo era só
uma raivinha à toa.
Uma coisa boba, que nem tinha razão de ser,
mas que, mesmo assim, era
.” ( p.2)

Muitos pais comentam que com o isolamento, as crianças estão brigando mais. Mas isso não acontece só com os pequenos, ultimamente as pessoas estão facilmente perdendo o controle, seja no trânsito, em ambiente públicos e  em casa. A agressividade e a raiva podem comprometer e a convivência e até causar sérios conflitos.