Mãos que trabalham: solidariedade também se aprende na escola

Todo mês de agosto, a professora Conceição Mangini vê com alegria os resultados de um projeto que começou a partir de uma história triste, mas que a motivou a envolver seus alunos em ajudar o próximo. Anos atrás, quando ainda trabalhava em um colégio particular, Conceição teve uma aluna com câncer e que lhe contava com era o trabalho no GPACI (Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil), em Sorocaba, onde era atendida. Infelizmente a menina veio a falecer em decorrência da doença. Assim nasceu o projeto Mãos que trabalham, que recebeu esse nome porque no início a professora fazia cachecóis, o que despertava o interesse dos alunos em aprenderem a fazer tricô. Ela começou a ensiná-los na hora do lanche, e quando erravam o ponto, deixavam em sua  mesa na sala de aula para que ela os ajudassem. Logo depois, até os alunos que não eram seus estavam fazendo tricô. Depois de prontos, os cachecóis eram colocados em uma caixa, para serem levados ao GPACI.

Um dia, comentando sobre seu projeto com Irani, sua cabeleireira, teve a grata surpresa de saber que esta também participava de um projeto, ajudando asilos e creches escolas de educação infantil, juntamente com amigas, fazendo eventos para arrecadar dinheiro para o Natal das crianças e de velhinhos moradores em asilos. Faziam também casaquinhos e sapatinhos para os bebês de mães carentes que frequentavam os postos de saúde e mantas para os asilos. Muitas mulheres se reúnem em um espaço cedido para doar seu tempo na confecção dessas peças e também de lindas bolsas para serem doadas às futuras mamães atendidas pelo projeto.