Escrita como autocuidado

Quem não teve um diário na adolescência? Ou aquele caderno para anotar reflexões, pensamentos, desabafos, poemas ou frases de amor? Confesso que tive vários e alguns estão guardados até hoje. O tempo passou e perdi esse hábito, até entender que, além de ser uma forma eficaz de expressão emocional, a escrita também pode ajudar a aumentar a nossa autoestima, a termos mais consciência sobre nossas emoções e a melhor geri-las.

Ao escrevemos sobre nossas emoções, entendemos melhor sua origem ou a causa,  trazendo benefícios para a nossa  saúde mental, como redução do estresse e melhora do humor, ou seja, a escrita pode nos ajudar a sermos  mais autoconscientes e a definirmos metas mais claras. Por tudo isso, podemos dizer que a escrita é um autocuidado.

Quando nos conectamos com nossa verdade interior e somos capazes de escrever  sobre nossas experiências de vida, traumas ou desafios, ocorre um processo transformador. Por meio da prática regular, desenvolvemos confiança em nossas habilidades e nos tornamos mais confortáveis em compartilhar nossas ideias e anseios. Escrever  nos auxilia a  identificar e avaliar sentimentos e emoções, o que contribui para o nosso crescimento pessoal

A amendoeira triste


“A beira de uma montanha,
ao lado de um caminho
vivia uma amendoeira triste
que passava o dia inteiro reclamando” (A amendoeira triste, 2019)


Assim começa a história da amendoeira que só conseguia enxergar as ervas daninhas, sentindo-se muito solitária e triste diante do cenário em que vivia. Ela preferia viver ao lado de outras amendoeiras a estar ali. Com a tristeza pesando cada vez mais, a bela árvore vai definhando, até que um dia a montanha resolveu chamar sua atenção.

Esse belo conto cheio de metáforas e símbolos nos leva a repensar nossas emoções. Será que nossos problemas são realmente tão grandes quanto achamos? Será que eles são mais importantes do que os outros?

No começo é uma raivinha à toa…


No começo era só
uma raivinha à toa.
Uma coisa boba, que nem tinha razão de ser,
mas que, mesmo assim, era
.” ( p.2)

Muitos pais comentam que com o isolamento, as crianças estão brigando mais. Mas isso não acontece só com os pequenos, ultimamente as pessoas estão facilmente perdendo o controle, seja no trânsito, em ambiente públicos e  em casa. A agressividade e a raiva podem comprometer e a convivência e até causar sérios conflitos.