Literatura – Respiro para a alma

      Na primeira matéria da série Literatura como alimento e cuidado, a convidada é Patricia Melandres, bibliotecária e pós-graduanda em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Cândido Mendes. Apaixonada por Literatura, criou o canal Respiro Literário para compartilhar suas experiências, seu amor pelos livros, contar histórias, entrevistar   profissionais do universo literário e educadores, entre outros, tendo sempre a literatura como foco principal.

      Patricia conta que sua paixão começou na infância, sua mãe costumava comprar muitos livros infantis, e sua irmã foi sua grande  referência por ser uma leitora voraz, passava as tardes lendo no quarto. Foi a irmã que a levou pela primeira vez à biblioteca municipal. “Foi um momento muito mágico porque eu entrei naquele ambiente enorme, cheia de livros e tinha um espaço especial para a Literatura Infantil, os livros eram coloridos, lembro-me muito bem, as prateleiras  eram mais baixas, então a gente podia ter acesso aos livros, a partir disso despertou esse desejo de começar a ler mais”, relembra.

Biblioteca humana: onde se leem pessoas

Quando se fala em biblioteca, provavelmente você
pensa em um espaço repleto de livros, com muitas histórias emocionantes,
personagens incríveis, lugares longínquos e muito mais.

E uma biblioteca onde em vez de livro, leem-se
pessoas? Você consegue imaginar?

Esse é o conceito da Biblioteca Humana, “livro” e “leitor” literalmente conversando.

Um espaço onde pessoas com algo para contar, são como livros, à disposição de quem quiser lê-las, ou seja, conversar com elas. Geralmente são pessoas com histórias de superação, vencendo barreiras do preconceito, dos estereótipos impostos pela sociedade.  Ambos saem modificados com o aprendizado: os protagonistas têm a oportunidade de se expressarem e os “leitores” podem fazer perguntas, conhecem outra realidade, aprendem a enxergar além, entender a diversidade, desafiar suas ideias pré-concebidas, sem julgar. Apenas uma coisa é necessária: pessoas dispostas a contar suas histórias e pessoas que querem ouvi-las. É um novo significado para aquela conhecida frase: “Sou um livro aberto”.